INTRODUÇÃO:
Os instrumentais cirúrgicos da marca ACF/LIDO possuem rigoroso controle de qualidade e são produzidos com aço inoxidável, de acordo com as Normas ISO 9001:2000, ISO 13485:2003, ISO 14001:2004, FDA – GMP (Good Manufacturing Practice) dos Estados Unidos da América.
Todo instrumental cirúrgico é projetado e desenvolvido para desempenhar funções específicas, ficando estes fora da cobertura original de fábrica caso sejam utilizados para finalidades as quais não estão destinados.
O manuseio dos instrumentais cirúrgicos deve ser feito apenas por profissionais especializados e treinados.
Para que os instrumentais cirúrgicos possuam maior durabilidade e permaneçam em perfeitas condições de desempenho de suas funções, tornam-se necessários que sejam seguidas rigorosamente as orientações contidas neste “Manual de Preservação e Garantia do Instrumental".
Com o objetivo de proporcionar melhor entendimento do “Manual de Preservação e Garantia do Instrumental ACF/LIDO”, abaixo serão descritos alguns termos aqui utilizados.
*RESÍDUOS QUÍMICOS: Todo e qualquer resíduo proveniente do processo de fabricação dos instrumentais cirúrgicos
*RESÍDUOS ORGÂNICOS: Todo e qualquer resíduo provenientes de sua utilização em procedimentos cirúrgicos (sangue, gordura, tecidos, saliva, pus, etc.)
*EPI: Equipamento de Proteção Individual, tendo seu uso obrigatório por todo e qualquer profissional que realizará o manuseio dos instrumentais cirúrgicos contaminados e durante os processos pré, pós lavagem e montagem de caixas e pacotes. São considerados EPI’s: Toucas, gorros, óculos de proteção, máscaras, aventais impermeáveis de mangas longas, luvas grossas de borracha, luvas de procedimentos, botas de borracha, propés, etc.
*LIMPEZA PRÉVIA ou DESINCRUSTAÇÃO: Remoção da matéria química ou orgânica presente no instrumental, sem que ocorra ação manual ou mecânica direta (“deixar de molho”)
*LAVAGEM: Remoção mecânica da matéria química ou orgânica presente no instrumental, podendo ser realizada de forma manual ou automatizada
*LAVAGEM MANUAL: Remoção da matéria química ou orgânica presente no instrumental, realizada por profissional treinado e habilitado, através do processo manual, de forma mecânica (fricção), com a utilização de escovas de cerdas macias e detergentes destinados especificamente para essa finalidade
*LAVAGEM AUTOMATIZADA: Remoção da matéria química ou orgânica presente no instrumental, realizada por profissional treinado e habilitado, através do processo de utilização de equipamentos (Lavadoras ultrassônicas, Lavadoras Esterilizadoras e Lavadoras Termo desinfectadoras) e detergentes destinados especificamente para essa finalidade
*ESTERILIZAÇÃO: Destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive esporuladas, mediante a aplicação de agentes químicos e/ou físicos
3. RECEBENDO O INSTRUMENTAL NOVO
Com a aquisição dos instrumentais cirúrgicos ACF/LIDO, você estará recebendo os produtos acondicionados individualmente em embalagem de proteção, rotulada e identificada, sendo um produto NÃO ESTÉRIL.
Recomendamos que, no recebimento de sua mercadoria, todos os produtos, quantidades e lotes sejam conferidos junto à Nota Fiscal de recebimento, onde, caso seja constatada qualquer irregularidade, esta deve ser comunicada imediatamente junto ao setor responsável da empresa ACF instrumental para que sejam tomadas as devidas providências, não sendo aceitas reclamações posteriores.
Todos os instrumentais cirúrgicos da marca ACF/LIDO, são submetidos a controle de qualidade de lotes, através de Procedimento Operacional Padrão, porém sugerimos que, após recebimento, os mesmos sejam retirados das embalagens e inspecionados antes de serem encaminhados para a primeira lavagem e colocados para uso. Qualquer irregularidade deve ser comunicada imediatamente junto ao setor responsável da empresa ACF instrumental para que sejam tomadas as devidas providências, não sendo aceitas reclamações posteriores.
Todos e quaisquer instrumentais cirúrgicos novos deverão passar pelo processo de “Primeira Lavagem” antes de serem encaminhados para o processo de esterilização e colocados em uso.
4. QUALIDADE DA ÁGUA
A qualidade da água a ser empregada na limpeza, enxágue e esterilização dos instrumentais cirúrgicos é de fundamental importância para a conservação, perfeito funcionamento e durabilidade dos mesmos.
Quando a água empregada para esses processos apresentar qualidade insatisfatória, muitos efeitos indesejáveis podem acometer os instrumentais cirúrgicos (mesmo novos) bem como nos equipamentos utilizados para a lavagem e esterilização dos mesmos. Dentre esses efeitos, podemos citar as Manchas e Oxidações encontradas no corpo dos instrumentais e principalmente nas articulações, ranhuras e locais de difícil limpeza.
A água proveniente do Sistema de Abastecimento Público, passa pelo processo de tratamento onde são adicionadas grandes quantidades de agentes químicos para que a mesma se torne potável e própria para o consumo humano, porém é totalmente inadequada para uso nos processos que envolvem a limpeza e esterilização de instrumentais cirúrgicos.
A água ideal e recomendada para os processos de Limpeza, Enxágue e Esterilização de instrumentais é a água DDD (Destilada, Deionizada e Desmineralizada).
- Destilada: Água destilada é o estado puro da água, sem misturas com outras substâncias e microrganismos.
- Deionizada: Água deionizada é a água livre de íons (cátions/ânions). Quando presentes na água, podem sofrer ligações químicas e covalentes com os resíduos orgânicos presentes nos instrumentais, fazendo que os mesmos fiquem impregnados nos mesmos, dificultando assim sua remoção.
- Desmineralizada: Água desmineralizada é a água livre de minerais e metais pesados que podem impregnar nos instrumentais acarretando em manchas e oxidações.
Segundo a Norma ISO 11134: 1994, os níveis normais de qualidade da água, que devem ser comparados aos laudos de análise emitidos para as Centrais de Processamento de Instrumentais Cirúrgicos, são:
ELEMENTO |
VALORES |
Metais pesados |
< 0,1mg/L |
pH |
De 6,5 a 8 UpH |
Condutividade |
< 50 uS/cm |
Ferro total |
< 0,2 mg/L |
Cloretos |
< 0,3 mg/L |
Todos os instrumentais cirúrgicos novos, mesmo que aparentemente limpos ao serem retirados da embalagem, possuem resíduos químicos oriundos dos processos de fabricação, polimento e acabamento das peças (graxa, pó de polimento, ceras, etc.).
Esses resíduos são extremamente prejudiciais e tóxicos quando entram em contato com descontinuidades cutâneas e feridas cirúrgicas, podendo levar os pacientes a graves quadros de infecções e toxicidade pelo contato desses agentes com a corrente sanguínea.
É de extrema e fundamental importância que todos os instrumentais cirúrgicos novos passem pelo processo de “Primeira Lavagem” antes de serem encaminhados para esterilização e colocados em uso.
Esse processo difere dos processos subsequentes de lavagens após o uso, pois neste caso, será realizada a remoção de resíduos Químicos e não orgânicos.
A lavagem deverá ser realizada de forma manual ou automatizada, utilizando água DDD morna (entre 45o C e 60o C) e detergente NEUTRO. Caso seja optado por lavagem manual, utilizar escovas com cerdas macias (nunca produtos abrasivos como esponjas dupla face), com especial atenção para articulações, ranhuras e áreas de difícil acesso.
NOTA: Nunca utilizar detergente enzimático na “Primeira Lavagem”, pois o mesmo foi desenvolvido com enzimas para atuação em resíduos orgânicos e não em resíduos químicos.
6. TIPOS DE LAVAGEM
Recomenda-se que após a utilização dos instrumentais cirúrgicos, os mesmos sejam encaminhados o mais breve possível para o processo de lavagem, evitando assim que os resíduos orgânicos ali presentes ressequem e tornem o processo de limpeza mais demorado e, em muitos casos, ineficaz microscopicamente, acarretando na formação de biofilmes na superfície e articulações dos mesmos.
Os Biofilmes são crescimentos de microrganismos no corpo e articulações dos instrumentais devido a presença de matéria orgânica que “protege” esses microrganismos. Formam uma camada microscópica de crescimento exponencial, impedindo o contato do agente esterilizante com a superfície do instrumental.
O contato prolongado de matéria orgânica com os instrumentais pode levar estes a sofrerem oxidações, infiltrações e consequente perda precoce das peças devido presença de minerais e ferro no sangue.
Caso não seja possível a lavagem imediata dos instrumentais após o uso, manter os mesmos umedecidos com solução enzimática ou produtos existentes no mercado para essa finalidade, evitando assim, o ressecamento dos resíduos orgânicos.
NOTA: Para qualquer tipo de lavagem adotada, a temperatura da água não poderá ultrapassar a 60o C. Temperaturas acima de 60o C acarretam em agregação plaquetária e coagulação da matéria orgânica no corpo do instrumental, dificultando ainda mais a sua remoção.
6.1 DESINCRUSTRAÇÃO
Consiste no processo de pré-lavagem dos instrumentais cirúrgicos que foram expostos a prolongado tempo de contato e ressecamento de matéria orgânica.
Deverá ser realizado por profissional treinado e habilitado, sendo indispensável o uso de EPI’s.
Deixar o instrumental cirúrgico “de molho” em solução enzimática preparada com água DDD, seguindo sempre as recomendações de diluição do fabricante.
Nessa etapa os instrumentais não sofrem a ação mecânica dos processos de lavagem.
6.2 LAVAGEM MANUAL
Deverá ser realizada por profissional treinado e habilitado, sendo indispensável o uso de EPI’s.
Para o processo de lavagem manual recomendamos:
- Realizar o processo de remoção da sujidade e resíduos orgânicos presentes nos instrumentais cirúrgicos, por meio de fricção com escovas de cerdas macias, com uso de água DDD e soluções de limpeza destinadas para essa finalidade.
- Nunca utilizar produtos abrasivos, tais como esponjas dupla face e saponáceos, para o processo de remoção de sujidade. A abrasividade acarreta em riscos e destruição da camada passiva dos instrumentais predispondo os mesmos a oxidações, infiltrações, microfissuras, trincas, rachaduras e quebra das peças.
- Após o processo de lavagem, enxaguar abundantemente os instrumentais com água DDD, para a completa remoção de qualquer tipo de resíduo.
- Trocar a solução enzimática sempre que apresentar precipitações ou conforme orientação e protocolos internos adotados pela instituição
- Realizar validação do processo de limpeza através de controles químicos e microbiológicos
- NOTA: Para maior eficácia, conservação e durabilidade dos instrumentais cirúrgicos, recomenda-se o uso de detergente enzimático conforme orientações do fabricante do produto.
6.3 LAVAGEM AUTOMATIZADA
Desenvolvida por meio de equipamentos, sendo os mais utilizados: Lavadora Ultrassônica, Lavadora Esterilizadora e Lavadora Termo desinfectadora.
Deverá ser realizada por profissional treinado e habilitado, sendo indispensável o uso de EPI’s.
Possuem inúmeras vantagens sobre a técnica de lavagem manual:
- Reduz o risco de acidentes com material biológico
- Proporcionam padronização no processo de limpeza
- Maior quantidade de instrumentais lavados com otimização de tempo e disponibilização mais rápida para próximos procedimento
- Enxágue após cada lavagem
Desvantagens:
- Restrição de uso para instrumentais muito delicados (oftalmologia), podendo acarretar em danos
- Impossibilidade de acompanhamento do processo de inspeção visual de limpeza de cada instrumental, devendo aguardar o final do ciclo para avaliação e inspeção.
- Independentemente do método adotado para a lavagem automatizada, todas as recomendações do fabricante do equipamento devem ser rigorosamente seguidas.
- Para os processos de limpeza automatizada recomendamos:
- Utilização de água DDD ou proveniente de Osmose Reversa para todas as etapas do processo
- Utilização de detergente enzimático, seguindo recomendações de uso indicadas pelo fabricante do produto
- Desmontar instrumentais que possuem vários componentes
- Montar a carga e cestos com os instrumentais abertos
- Nunca sobrecarregar os equipamentos e cestos com grandes quantidades de instrumentais, pois reduzem a eficácia de limpeza e aumentam as possibilidades de danos às peças
- Inspecionar os instrumentais isoladamente após cada processo, com a finalidade de detectar possíveis resíduos orgânicos
- Realizar validação do processo de limpeza através de controles químicos e microbiológicos
- Adotar programas de manutenções preventivas e validações dos equipamentos
7. INSPEÇÃO
Deverá ser realizada por profissional treinado e habilitado, sendo indispensável o uso de EPI’s.
Após o processo de lavagem e secagem dos instrumentais (com tecidos macios e absorventes que não soltem resíduos ou fiapos), realizar o processo de inspeção visual.
O processo de inspeção visual deverá ser realizado com o auxílio de lupas ou lentes de aumento sob iluminação adequada e tem por objetivo:
- Detectar possíveis resíduos orgânicos oriundos do processo de lavagem ineficiente
- Detectar manchas e oxidações decorrentes de utilização de água inadequada nos processos de lavagem, e/ou enxágue inadequado
- Detecção e segregação de instrumentais cirúrgicos que apresentam avarias
- Liberação dos instrumentais para a próxima etapa do processamento e esterilização
8. LUBRIFICAÇÃO
Deverá ser realizada por profissional treinado e habilitado, sendo indispensável o uso de EPI’s, pois mesmo que o instrumental esteja limpo e inspecionado, este pode conter agentes patogênicos e contaminantes, devido ainda não ter sido submetido ao processo de esterilização.
- Todos os instrumentais articulados e instrumentais que possuem peças de encaixe devem ser lubrificados
- Utilizar lubrificante próprio para uso médico hospitalar, não oleosos, atóxicos e permeáveis ao agente esterilizante
- Lubrificar as articulações e peças de encaixe dos instrumentais deixando escorrer o excesso de produto
- Não é necessário retirar ou secar o resíduo de lubrificante das peças, pois este excesso irá se misturar ao vapor da autoclave, durante o processo de esterilização e lubrificar os demais instrumentais presentes na carga
9. MONTAGEM DE CAIXAS E PACOTES
Essa etapa é considerada de extrema importância para a preservação da integridade dos instrumentais cirúrgicos e sucesso no processo de esterilização.
Deverá ser realizada por profissional treinado e habilitado, sendo indispensável o uso de EPI’s.
- Escolher caixas e embalagens de onde os instrumentais cirúrgicos possam ficar acomodados de forma adequada, não ficando sobrecarregadas impedindo a circulação do agente esterilizante
- Respeitar a regra de montagem, colocando sempre instrumentais mais pesados no fundo das caixas e os instrumentais mais leves e delicados sobre estes. Dessa forma, serão evitados danos e avarias nos mesmos
- Tesouras e instrumentais cortantes devem ter seus fios protegidos por gaze, esse processo evita desgaste precoce dos cortes ocasionados pela ação do agente esterilizante
- Instrumentais articulados, que possuem cremalheiras (exceto Backhaus e instrumentais perfurantes), devem ser acomodados, preferencialmente, abertos ou no máximo fechados no primeiro dente (primeiro clic) da cremalheira. Esse processo evita tensão nas articulações devido dilatação do aço durante o processo de esterilização. Essa tensão pode acarretar em microfissuras, trincas, rachaduras de articulações e consequente quebra do instrumental durante o uso.
- Ao realizar o fechamento das tampas das caixas cirúrgicas, certificar-se de que essas fechem de forma suave, não “empurrando” e não prendendo nenhum instrumental cirúrgico
10. EMBALAGEM
Para a seleção da embalagem, deve-se considerar a compatibilidade com o conteúdo a ser acondicionado, com o método de esterilização a ser utilizado e a garantia de esterilidade do produto.
As embalagens devem atender as normas estabelecidas pela ABNT NBR 14990/2005.
Dentre as diversas especificações e critérios para a escolha das embalagens, deve-se considerar alguns fatores importantes para a conservação e proteção dos instrumentais contra danos físicos:
- Possibilitar que o agente esterilizante entre em contato com o produto
- Permitir secagem do conteúdo, evitando condensações de vapor, manchas e depósitos no corpo dos instrumentais
- Permitir adequada remoção do ar e vapor residual
- Proteger seu conteúdo
- Embalagens que possuem indicadores químicos ou tintas, não podem reagir, contaminar ou sofrer transferência para o seu conteúdo
11. ESTERILIZAÇÃO
Esterilização é o processo que visa a destruição de todas as formas de vida com capacidade de desenvolvimento durante os estágios de conservação e de utilização dos instrumentais cirúrgicos.
Existem vários métodos de esterilização onde a escolha e análise deverá ser realizada considerando o método ideal para cada cliente.
O método mais recomendado e que oferece maior segurança para a esterilização dos instrumentais cirúrgicos é o Vapor Saturado Sob Pressão ou Esterilização em Autoclave, respeitando os seguintes parâmetros de temperatura e tempo de exposição
TIPO DE AUTOCLAVE |
TEMPERATURA |
TEMPO DE EXPOSIÇÃO |
Gravitacional |
De 132o C a 135o C De 121o C a 123o C |
De 10 a 25 minutos De 15 a 30 minutos |
Pré vácuo |
De 132o C a 135o C |
De 03 a 04 minutos |
Fonte: AORN, 2002
NOTA: Quanto maior o tempo de exposição ao agente esterilizante, maior será o dano e desgaste precoce dos instrumentais.
Quanto menor o tempo de exposição ao agente esterilizante e mais alta for a temperatura, menor será o desgaste dos instrumentais cirúrgicos.
12. ARMAZENAMENTO
Essa área tem por finalidade centralizar todos os artigos processados e esterilizados para serem distribuídos às unidades consumidoras.
As caixas cirúrgicas e pacotes estéreis devem seguir as regras de armazenamento, onde instrumentais e pacotes mais pesados são acomodados abaixo dos pacotes e instrumentais mais leves e delicados.
Restringir o acesso a área de armazenamento apenas a pessoas treinadas e habilitadas, evitando assim manipulações desnecessárias de caixas e pacotes estéreis.
Para maior durabilidade dos instrumentais, seguir a regra de armazenamento e dispensação de caixas e pacotes com prazos de validade mais próximos ao vencimento, evitando assim reprocessamentos desnecessários e reesterilizações que podem abreviar a vida útil das peças.
13. PROBLEMAS APRESENTADOS
PROBLEMAS APRESENTADOS |
POSSÍVEIS CAUSAS |
SOLUÇÃO |
Trincas / Rachaduras / Quebras |
Qualidade inadequada da água utilizada nos processos de limpeza e esterilização |
*Evitar depósito de minerais no corpo e articulação dos instrumentais fazendo uso de água DDD em todas as etapas dos processos de limpeza e esterilização |
Utilização de produtos abrasivos no processo de lavagem, com destruição de camada passiva do instrumental |
*Evitar destruição da camada passiva e infiltrações nos instrumentais, fazendo uso de escovas com cerdas macias durante o processo de lavagem manual. *NUNCA utilizar esponjas dupla face e saponáceos. |
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Lavagem de instrumentais muito delicados de forma automatizada |
*Optar pelo método de lavagem manual |
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Instrumentais cirúrgicos pesados e grosseiros acondicionados sobre instrumentais mais delicados |
*Respeitar a regra de montagem de caixas e acondicionamento: Instrumentais mais pesados sempre abaixo dos mais delicados |
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Instrumentais articulados com cremalheiras totalmente fechadas durante o processo de esterilização |
*Esterilizar instrumentais que possuem cremalheira abertos ou fechados no máximo no primeiro dente (Exceto Backhaus e instrumentais perfurantes) |
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Utilização de força e/ou uso do instrumental para finalidade a qual não se destina |
*Utilizar instrumentais para as finalidades as quais foram projetados e destinados |
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Manchas Iridescentes |
Qualidade inadequada da água utilizada nos processos de limpeza e esterilização, com presença de íons de metais pesado: manganês e cobre, minerais: cálcio, ou ainda substâncias orgânicas na água |
*Utilização de água DDD para todas as etapas dos processos de lavagem e esterilização. *Remoção mecânica com escovas de cerdas macias ou removedor de manchas específico para aço inoxidável. |
Resíduos Amarelados ou Marrom Escuro (muito encontrado em articulações e locais de difícil limpeza) |
Qualidade inadequada da água utilizada nos processos de limpeza e esterilização, com altos níveis de pH decorrentes do uso de clorohexidina, soluções com detergentes impróprios, resíduos proteicos incrustados antes da limpeza, soluções de limpeza sujas e saturadas |
*Utilização de água DDD para todas as etapas dos processos de lavagem. *Lavagem frequente das cubas e troca das soluções de limpeza já saturadas. *Esfregar as partes afetadas com agentes de limpeza neutros e não corrosivos |
Coloração Amarelada em todo o corpo do instrumental |
Superaquecimento no processo de esterilização |
Inspeção, manutenção preventiva e corretiva no equipamento de esterilização |
Manchas Cinza-Azuladas |
Utilização a frio de substâncias químicas desgerminantes |
*Método não recomendado para a utilização em instrumentais cirúrgicos. *Utilizar método de esterilização em autoclave |
Manchas Escuras no corpo do instrumental |
Esterilização de materiais cromados junto de instrumentais inoxidáveis em um mesmo pacote e até mesmo em uma mesma carga |
*Realizar a esterilização de instrumentais cromados de forma isolada e em outro ciclo de esterilização, separado de materiais inoxidáveis |
Manchas Claras e Escuras |
Manchas decorrentes de secagem dos instrumentais ao ar livre ou ao natural |
*Utilização de água DDD para todas as etapas dos processos de lavagem. *Secar instrumentais com tecidos absorventes, evitando assim depósitos de minerais (sódio, cálcio e magnésio) |
PROBLEMAS APRESENTADOS |
POSSÍVEIS CAUSAS |
SOLUÇÃO |
Manchas Esbranquiçadas |
Qualidade inadequada da água utilizada nos processos de limpeza e esterilização, com presença de silício Presença de resíduos de soluções químicas devido enxágue insuficiente |
*Utilização de água DDD para todas as etapas dos processos de lavagem. *Enxaguar abundantemente os instrumentais após o processo de lavagem, com água DDD. |
Oxidação / Corrosão / Pitting |
Qualidade inadequada da água utilizada nos processos de limpeza e esterilização, rica em minerais (ferro) |
*Utilização de água DDD para todas as etapas dos processos de lavagem. *Inspeção minuciosa dos instrumentais após o processo de limpeza, com a finalidade de detecção de corrosões iniciais. *Polimento. *Realizar programa de Revisões e Manutenções preventivas. |
Recomenda-se a instituição de um programa de Revisões Periódicas e Manutenções Preventivas para os instrumentais cirúrgicos. Dessa forma os mesmos terão sua vida útil prolongada, mantendo sempre as perfeitas condições de uso e desempenho de suas funções.
Os instrumentais cirúrgicos que apresentam avarias, quebras e redução de desempenho no seu funcionamento devem ser segregados e encaminhados para a Assistência Técnica o mais breve possível, evitando assim, déficit de arsenal e caixas cirúrgicas incompletas.
A empresa ACF instrumental disponibiliza desses serviços para seus clientes.
Todo instrumental cirúrgico avariado deverá ser encaminhado para a Assistência Técnica limpo e esterilizado, evitando assim possíveis contaminações.
Os instrumentais deverão vir acompanhados de carta de solicitação de Revisão / Manutenção, contendo os dados do remetente (Nome do Hospital / Clínica, Endereço, responsável pelo envio, Telefone de contato, Ramal, E-mail, Setor para devolução), descrição individual dos instrumentais, quantidade de itens enviados e problemas apresentados.
As peças serão analisadas, onde será emitido um laudo técnico e enviado para o hospital / clínica aos cuidados do responsável pelo envio dos instrumentais constatando se os mesmos se encontram cobertos pela garantia de fábrica, caso pertençam a marca ACF/LIDO, ou se será gerado orçamento para a manutenção e reposição de peças sem condições de manutenção. Durante o processo de análise das peças, algumas informações complementares podem vir a ser solicitadas, tais como Laudo Técnico de análise da água utilizada para os processos de limpeza e esterilização dos instrumentais, bem como cópia do comprovante de troca dos filtros utilizados no processo de purificação da água.
Os orçamentos gerados terão prazo de validade de 07 (sete) dias a contar da data de sua emissão. Após a aprovação do orçamento, será emitida uma Ordem de Serviço de Manutenção contendo prazo estimado para a devolução dos instrumentais.
- ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) – NBR ISO 14332, NBR ISO 11134
- ISO 9001: 2000, ISO 1485: 2003, ISO 14001; 2004
- Práticas Recomendadas SOBECC, 5ª Edição – 2009
- Centro de Material e Esterilização – Planejamento e Gestão, 3ª Edição – 2009, Editora Iátria